segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Discurso do Presidente da CPC na candidatura à CPD

Separar o trigo do trigo

Prepara-se o nosso partido para, no próximo dia 9 de Janeiro, escolher a equipa que liderará a política distrital de Coimbra nos próximos dois anos.
Sabemos que a realidade do CDS no Distrito de Coimbra não é fácil e hoje balança entre o magnífico resultado obtido a 27 de Setembro nas eleições legislativas e, a realidade desoladora na maioria dos 17 concelhos do distrito, nos resultados das eleições autárquicas duas semanas depois.

Naturalmente que a motivação que se podia tirar do resultado das primeiras eleições, a eleição de um Deputado da Nação (que não acontecia desde 1985), não encontrou forma de se expressar nos boletins de voto deixados desertos pelo CDS nas autárquicas de Outubro, em concelhos como Cantanhede, Oliveira do Hospital ou Mira, onde o partido tinha atingido resultados de terceira força política, com votações entre os 9,5% e os 10,5% nas legislativas de Setembro.
Esta deveria ter sido a prioridade da Comissão Política Distrital em funções desde Dezembro de 2008.
A opção foi não apoiar a corpo inteiro a candidatura do Dr. João Serpa Oliva e, nas autárquicas, fazer queixas a Lisboa da má coligação que a concelhia do partido fazia em Coimbra, ainda assim suficiente para garantir a maior presença de Democrata Cristãos em órgãos públicos, onde se incluem o primeiro e o último elementos da lista do Dr. Nunes da Silva.
Que outro concelho fez mais pelo nosso partido?
O que fizemos pelo partido, eu, o João Serpa Oliva, o Paulo Almeida, o João Madeira e tantos outros, não começou ontem, nem tampouco há um ano em Dezembro de 2008.
A remodelação da sede do Partido em Coimbra em 1998, cujos custos assumi e suportei pessoalmente durante 5 anos, as rendas, a água, a luz, que sempre nos disponibilizámos a garantir, realizam mais de uma década em que, devo dizer, não dei por muitos dos que, já militando há anos no CDS aparecem só agora a querer dar o seu contributo.
Não será, no entanto o caso do Dr. Nunes da Silva, que em momentos mais ou menos recentes se mostrou disponível a ajudar a concelhia de Coimbra, o que agradeço.
Já não consigo disfarçar a desconfiança de ver a mesma pessoa correr para os braços de um passado que nos fez acreditar que não queria mais.
O Partido não precisa e não merece ter de voltar a essas memórias.
O CDS cresceu em Coimbra.
Cresceu em número de votos, mas cresceu primeiro em número de militantes.
Fomos reconhecidos como a terceira concelhia que mais ajudou o Partido a aumentar o número dos seus militantes nos últimos anos.
Podíamos dizer que tudo se deve a ter um Vereador e uma equipa dedicadas ao Partido e ao seu crescimento.
Prefiro acreditar que é obra dos militantes de bem que, pela sua conduta, pelo seu exemplo, pela forma como estão na vida, permitem engrandecer o CDS, a Democracia Cristã e fazer com que tantos outros se juntem a nós.

Acredito que esta é a equipa certa para reconstruir o Partido no distrito de Coimbra.
Tem o conhecimento do Partido e a noção exacta das dificuldades que estão pela frente e dos desafios que se colocam à Democracia Cristã num país cada vez mais necessitado de ter valores e de viver por valores.
Esta equipa tem a juventude e a experiência necessárias para cumprir esta missão pelo distrito com sucesso.

O Paulo Almeida é um militante activo de longa data que não olha para trás.
Sabe que o caminho é o futuro e que o futuro está à nossa frente.

E nós também sabemos que com a escolha que faremos no próximo dia 9
podemos estar a separar o trigo do trigo, mas essa é uma escolha clarificadora, que agora tem que ser feita.

O trigo de um passado sem futuro ou o trigo do futuro com passado.

Para o CDS no distrito de Coimbra, como para o País, o tempo é de mudanças inadiáveis.

Viva o CDS.
Viva o distrito de Coimbra.
Viva Portugal.