domingo, 13 de julho de 2008

Coligação

“Assim, apesar de ser um meio, a estabilidade é um requisito indispensável para atingir qualquer objectivo. Não sendo uma condição suficiente, é uma condição necessária sem a qual nada se consegue. É a base sobre a qual se edifica o desenvolvimento político e económico.”

José António Saraiva in: Política à Portuguesa

Em Coimbra, por estes dias, dão-se passos importantes para a definição do quadro político próximo, que se avizinha com as eleições autárquicas em 2009.

Ao CDS e ao PSD cabe a tarefa de encontrar a fórmula que permita apresentar a Coimbra, e aos conimbricenses, mais um contrato de coligação, em nome da estabilidade governativa que permite oferecer desenvolvimento.

Será, daqui para a frente, tempo de fazer balanços, limar diferenças e enaltecer o que existe em comum entre os dois partidos e as suas bases de apoio.

As regras que devem garantir autonomia no “contrato”, individualidade na coligação, lealdade com dois sentidos, terão que ficar claras, em nome do futuro, em nome de Coimbra.

Sendo Coimbra, de facto, o único interesse, é imperioso salvaguardar a família de cada um, naquilo que representa e tem de mais sagrado.

No caso do CDS, o direito à Vida, a defesa dos mais desfavorecidos, a Cultura tradicional, a forma moderada de estar e de ser, o Ambiente, a Família enquanto unidade estruturadora da sociedade, são valores essenciais de que não abdicamos.

O desafio volta a ser, fazer com seja mais o que nos une do que o que nos separa, “Por Coimbra”, em nome da estabilidade.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Aeroporto


Enquanto durou a perspectiva de ser construído um novo aeroporto na Ota, pouco se ouviu falar da Base Aérea de Monte Real.

Pode, no entanto, afirmar-se que a abertura de Monte Real à aviação civil nunca foi, nem será, contrapartida à não construção de um novo aeroporto na Ota.

Significa, apenas, que a decisão de transportar o aeroporto para Alcochete volta a colocar desafios à região que, olhando para o mapa das áreas de influência dos aeroportos nacionais, não existe, a região centro.

Esta é a realidade que é necessário enquadrar e resolver, se queremos que esta “parte” tantas vezes esquecida e mal tratada do país tenha uma hipótese de desenvolvimento em condições de relativa equidade com o “resto” do todo nacional.

Se tive ocasião de ver verificada, por técnicos da Deloitte (empresa contratada para elaborar o “Plano Estratégico de Coimbra”), a opção estratégica, vertida no referido documento, de utilização de Monte Real, caso a decisão Ota não se viesse a verificar (como, de facto, não se verificou), penso ser interessante que movimento(s) de cidadãos se juntem às vozes dos autarcas, técnicos e empresários, na defesa desta solução razoável e satisfatória, eventualmente última esperança de poder proporcionar, a este território, infra-estrutura com condições para o transporte aéreo de civis, capaz de servir, a custos sem significado, o desenvolvimento económico.