quarta-feira, 2 de julho de 2008

Aeroporto


Enquanto durou a perspectiva de ser construído um novo aeroporto na Ota, pouco se ouviu falar da Base Aérea de Monte Real.

Pode, no entanto, afirmar-se que a abertura de Monte Real à aviação civil nunca foi, nem será, contrapartida à não construção de um novo aeroporto na Ota.

Significa, apenas, que a decisão de transportar o aeroporto para Alcochete volta a colocar desafios à região que, olhando para o mapa das áreas de influência dos aeroportos nacionais, não existe, a região centro.

Esta é a realidade que é necessário enquadrar e resolver, se queremos que esta “parte” tantas vezes esquecida e mal tratada do país tenha uma hipótese de desenvolvimento em condições de relativa equidade com o “resto” do todo nacional.

Se tive ocasião de ver verificada, por técnicos da Deloitte (empresa contratada para elaborar o “Plano Estratégico de Coimbra”), a opção estratégica, vertida no referido documento, de utilização de Monte Real, caso a decisão Ota não se viesse a verificar (como, de facto, não se verificou), penso ser interessante que movimento(s) de cidadãos se juntem às vozes dos autarcas, técnicos e empresários, na defesa desta solução razoável e satisfatória, eventualmente última esperança de poder proporcionar, a este território, infra-estrutura com condições para o transporte aéreo de civis, capaz de servir, a custos sem significado, o desenvolvimento económico.